quarta-feira, dezembro 14, 2005

TENTE LER

Vamos falar um pouco sobre qualquer coisa.
Estou com vontade de escrever, mas não sei sobre o quê.
Neste momento estou a olhar para uma caneta esfereográfica
azul. Ela já não tem mais tampa e a ponta do tubo onde havia uma tampinha azul
está quebrada. Porém ela ainda pode ser utilizada para que escrevamos. Ela não
escreve. Nós a usamos para escrever.
Tive uma idéia! Saca só:
Certa vez minha mãe disse:

- Lúcia venha se sentar na mesa com a gente! - mas todos
estavam sentados
no banco.

Por que, se perguntamos a uma pessoa as horas elas nos respondem quantos
minutos faltam pra completar a próxima?

- Que horas são?

- Faltam 15 prás 6.

Perguntei as horas, não quantos inutos faltam prás 6. Mas se eu
perguntasse:

- Faltam quantos minutos prás 6?

aí sim ela poderia responder:

- Faltam 38 minutos.

Ainda que fosse mais fácil dizer que eram cinco e vinte e
dois.

E quando chegamos a um bar e dizemos:

- Me veja uma cerveja.

O cara deveria olhar para a garrafa fixamente e pronto. Mas se você dissesse:

- Dê-me uma cerveja. - e o cara te der, não pague. Você pediu que ele te desse, e não que te vendesse.

Mas a inspiração já acabou de novo. A Gilmara tá aqui no Messenger me enchenco o saco ao falar de casamento, de esquecer dos amigos, de ter filhos, de fazer planos.

Isso tudo é um perigo. Citando Cícero Clarindo dos Santos , um amigo de meu pai, nos tempos em que ainda não era pastor evangélico:

"Gosto muito de você, mas quero que você se foda."

Ainda tem uma amigo do meu velho, cujo nome não me lembro, que escreveu os seguintes versos:

Plantei um pé de rosas

Debaixo da minha janela

Jacaré não tem pescoço

Vou comprar uma bicicleta.

Em breve voltarei com mais. Vou tentar encontrar um livro de poesias que meu pai, Adalberto Eloz de Melo, escreveu em parceria com uns amigos.

terça-feira, dezembro 13, 2005

FALANDO COM QUEM? - FONES DE OUVIDO

ESTRÉIA HOJE O QUADRO "FALANDO COM QUEM?"
Na entrevista de estréia, falarei com um novo membro da família: meus fones de ouvido.
É sempre bom ter uma opinião de alguém que vem de fora, pois ela usualmente pode visualizar melhor o que se passa num ambiente. Mas este, infelizmente só pode ouvir, e ouve quase tudo o que ouço.
O fato de serem algo novo e de estarem buscando integrar-se à família, fez com que os fones resolvessem conceder-me uma enrevista na tarde desta sexta-feira (13.12).
É importante ressaltar que nós estamos ouvindo (os fones e eu - o entrevistador) Ligabue, uma ótima banda italiana, e que, casualmente, poderemos proferir algumas palavras em italiano, mas tentaremos nos conter.
Murilo_Eloz - Fones, sejam bem-vindos à família e espero que vocês se adaptem rapidamente aos nossos gostos musicais.
Fones - Agradecemos muito por ter nos adquirido. Estamos muito satisfeitos com a vossa companhia, apesar de seus piercings estarem nos incomodando um pouco.
ME - Vocês terão tempo para se acostumar. Pelo pouco tempo que passamos juntos, pude perceber que vocês, como todo e qualquer bom artista, cantam bem, mas são um pouco arrogantes.
F - Somos um tanto conservadores, mas tentaremos nos acostumar. Desde que fomos fabricados, temos ouvidos comentários a respeito de nosso comportamento perante as pessoas. Não é que sejamos arrogantes, mas é que os membros da nossa família estão acostumados a ouvir bons artistas e, geralmente eles não são as pessoas mais amáveis do mundo. Nosso comportamento tem sido moldado ao longo de gerações, pois nossos ascendentes costumavam ouvir muito Oasis, Lulu Santos, Eros Ramazotti e outros artistas talentosíssimos, porém insuportáveis.
M - Vocês têm restrições quanto algum estilo musical ou geralmente se limitam a ouvir aquilo que seus donos ouvem?
F - Não costumamos nos indispor com nossos donos quando estão a ouvir alguma música, mas adiantamos que nos recusamos a tocar funk carioca e afins, música sertaneja, eletrônica e outros ritmos indecentes. Nós, mesmo morando fora do Brasil, tivemos a infelicidade de tomar conhecimento de uma banda do Norte do seu país (agora nosso também), que se não nos enganamos, chama-se Calypso. Felizmente somos cegos, pois além de seus compositores serem seres semi-alfabetizados que ainda não decidiram-se enquanto seres humanos, não sabem sequer escrever uma melodia decente.
M - Já pude notar que vocês têm um ouvido apurado, aiás, dois. Eu ouço muita música italiana, brasileira e norte-americana. Gostaria de saber se vocês adaptam-se rapidamente a outros idiomas, tanto quanto se adaptaram ao português falado aqui no Brasil.
F - Não costumamos ter problemas com idiomas, pois viemos da Suíça, e lá fala-se, além de um dialeto local, Francês, Alemão e Italiano. Como todo ser nascido na Europa também fala Inglês, nao temos problemas quanto a adaptação a novas línguas. Em uma breve conversa com um de seus micro-systems, fomos informados de que faz curso de Inglês, e estaremos à sua disposição sempre que precisar de nossa ajuda, pois nos foi dito que no seu curso a audição foi uito difícil no último semestre. Mas, como estamos no Brasil, pensamos que seja muito importante ouvir música brasileira.
M - Sim, concordo plenamente com vocês. É muito importante valorizar a música brasileira. Mas eu ouço músicas em outros idiomas para, além de apreciar a música, a arte que mais gosto, facilitar no processo de aprendizado de outras línguas. É muito bom saber que vocês valorizam a cultura local. Se todos, não somante objetos, mas pessoas em todos os segmentos da sociedade, pensassem como vocês, talvez o nosso país pudesse ser muito melhor.
F - Chegamos há pouco de fora e não pretendemos mudar a forma com que as pessoas, muito menos a do nosso dono, de pensar. Esperamos que, através do desempenho do nosso ofício, o qual muito amamos.. [[[[[[[[[[ interrupção repentina]]]]]]]]]] - cazzo!!! acabou o disco do Ligabue, coloque aí uma música em português do Brasil pra gente!!! - [[mais calmos]]... pois é, como estávamos dizendo, esperamos, por meio do nosso trabalho, contribuir sempre para o vosse enriquecimento cultural, uma vez que somos fones de ouvidos. Mas nossos familiares gigantes e superpotentes que trabalham com músicos certamente darão conta de mostrar a um maior número de pessoas a importância que música pode ter na vida das pessoas.
M - Eis que chega ao fim a nossa etrevista. Gostaria de agradecer a vocês por terem, gentilmente, cedido esta entrevista. Espero que possamos estar sempre juntos, compartilhando do melhor que pudermos ouvir em cada momento de nossas vidas daqui pra frente. Sejam, mais uma vez, bem-vindos à família e, espero que, após esta entrevista, nossos membros mais antigos tenham podido conehcer um pouco mais sobre vocês e que convivam harmoniosamente enquanto durarem.
F - Nós é que agradecemos pela oportunidade que nos foi dada e esperamos corresponder à altura todas as suas expectativas com relação ao nosso trabalho. Deixamos aqui um grande abraço e um ótimo final de ano a todos, em especial a nós mesmos e a nossos fios que, reforçados por uma nova camada protetora, prometem nos dar uma vida mais longa que a dos nossos ancestrais.
ao som de Ligabue e Cachorro Grande.
A propósito: você curte cachorro grande? O Maranho curte, mas só se for doberman. O Fausto prefere Hot Dog Alemão.

COLUNA CARNE-SECA: ÁGUA NEGRA PRA SEMPRE

LADIES AND GENTLEMEN:

É com muita satisfação que estréio aqui, a exemplo do caro amigo Ido Antonielton Jorge, a Coluna Carne-Seca.
Ido é uma com a qual me afeiçoei muito durante o curso de Turismo na UEMS, mas não passamos muito tempo juntos pois, apesar de eu não gostar de grupos, estava sempre num local da sala onde poucos atreviam-se a sentar, bem como o miolo da sala, que era dominado por Mr. Jorge e sua trupe. Este distinto ser é um xeique, quem entrava na nossa sala poderia conferir o caro amigo rodeado de belas mulheres. Mas não é isso o que importa.
Escrevo-lhes para deixar um aviso, ainda que poucas pessoas sejam: http://www.anaguegraprasempre.blogspot.com
acessem e confiram um blog muito bem feito e com matérias excepcionais.
Recentemente Ido, depois de muitas tentativas, resolveu conceder uma entrevista a si mesmo. Está imperdível. Confiram e não se arrependam.
Um abraço a todos.